domingo, 23 de janeiro de 2011

Região Serrana do Rio já chega a 799

RIO - Balanço parcial divulgado às 20 horas deste sábado, 22, pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informa que a tragédia das chuvas na região serrana matou pelo menos 799 pessoas. Foram 387 em Nova Friburgo, 324 em Teresópolis, 66 em Petrópolis e 22 em Sumidouro. Três casos de leptospirose também foram confirmados nas cidades afetadas.
O número de desalojados - pessoas que podem contar com a ajuda de parentes e amigos - chegou a 3.600 em Petrópolis, 3.220 em Nova Friburgo e 960 em Teresópolis. Há 2.800 desabrigados - as que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos - em Petrópolis, 1.970 em Nova Friburgo e 1.280 em Teresópolis.
O Ministério Público do Estado também atualizou no fim da noite a lista com os registros de desaparecidos na região, que agora soma 417. Estão desaparecidas 177 pessoas em Teresópolis, 143 em Nova Friburgo, 48 em Petrópolis, 42 em locais não informados, quatro em Sumidoro, uma em Bom Jardim, uma em Cordeiro e uma em São José do Vale do Rio Preto.
As informações registradas por parentes e amigos são checadas com dados de hospitais e do Instituto Médico Legal (IML). A lista nominal pode ser consultada no site do MP do Rio.
Doença. Três casos de leptospirose foram confirmados nos municípios atingidos pela chuva na Região Serrana. Exames indicaram que dois pacientes de Nova Friburgo e um de Teresópolis estão com a doença, conforme a Secretaria de Saúde do Estado.
Pela manhã, o Ministério da Saúde havia descartado outras quatro suspeitas de leptospirose na região e determinado a ampliação de campanhas de prevenção e tratamento de doenças comuns em áreas afetadas por enchentes.
Durante visita a Nova Friburgo, o ministro Alexandre Padilha anunciou que a fase de atendimento emergencial está quase superada e que as autoridades da área médica deverão concentrar esforços no tratamento de infecções, doenças de pele e problemas respiratórios.
Com esse número de vítimas, esse passou a ser a maior desastre natural do Brasil. A tragédia superou em número de vítimas uma enchente no Rio que matou 785 pessoas em 1967, até então considerado o maior desastre natural do País. Também naquele ano, 436 pessoas morreram em um deslizamento em Caraguatatuba.

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