domingo, 2 de janeiro de 2011

Posse de Dilma e a Repercussão Internacional


A cerimônia de posse de Dilma Rousseff ainda não havia nem sido concluída e grandes veículos de comunicação internacionais já repercutiam o fato de o Brasil ter uma nova governante, neste sábado.
O site da emissora americana CNN disse que a primeira mulher presidente do Brasil assumiu o cargo em meio a aplausos e lágrimas de seus simpatizantes, “muitos dos quais seguiram sua ascensão de defensora da liberdade brutalmente perseguida nos anos 60 a líder de seu País”. Além disso, o veículo afirmou que Dilma discursou que sentia o peso histórico de sua gestão, que chega quase 41 anos depois de ter sido presa e torturada durante a ditadura.
Enquanto isso, a versão online do jornal Wall Street Journal afirmou que Dilma tem um currículo extenso, que inclui “guerrilheira de esquerda, prisioneira política e sobrevivente de câncer”, apesar de ter sido a primeira vez que concorreu em uma eleição. O veículo disse ainda que a nova presidente tem muitos desafios pela frente, incluindo a valorização recente do real diante do dólar, o que prejudica as exportações e torna os produtos importados mais competitivos.
Já o jornal argentino El Clarín disse que Dilma foi peça fundamental do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e se tornou a primeira mulher presidente no País, ao receber a faixa presidencial de seu antecessor, que “sai de cena com uma popularidades sem precedentes”.
Na Europa, o periódico francês Le Monde afirmou que a petista foi “escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo” e que conquistou os brasileiros com promesas de continuidade política, diplomática, econômica e social.
O espanhol El País, por sua vez, disse que havia muita especulação entre o público presente sobre como a posse se desenrolaria e que Dilma não se esqueceu de falar sobre os menos favorecidos. “A ex-guerrilheira, que fez alusão a sua biografia, não se esqueceu dos ‘menos favorecidos’, nos quais se centrará boa parte de sua ação de governo, nem de seu antecessor e mentor político, o popular Luiz Inácio Lula da Silva, cuja apenas a menção arrancou aplausos enérgicos na Câmara”, afirmou.
Na Bulgária, a agência Novinite destacou, mais uma vez, que Dilma é filha de imigrante búlgaro, afirmando que a “chuva torrencial” em Brasília não conseguiu abalar a cerimônia de posse, enquanto “milhares de pessoas” se exaltaram com a chegada da presidente eleita.


Dilma agradece Lula e diz que governará com 'espírito de união'

Após receber a faixa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff agradeceu seu antecessor e disse que assume o governo com “espírito de união”.
“Trabalharei para que estejamos unidos pelas mudanças necessárias na educação, na saúde e segurança e, sobretudo, na luta para acabar com a pobreza e miséria”, disse a presidente.
O discurso foi proferido pouco após Dilma ter sido empossada, no Congresso Nacional, como a primeira mulher presidente do Brasil.
Dilma afirmou que suceder Lula era um desafio e que, para honrar seu legado, teria de consolidar e ampliar os avanços sociais conquistados nos últimos anos.
Ela se disse “muito emocionada pelo encerramento do mandato do maior líder popular que o país já teve”.
“A alegria que sinto pela posse, como presidenta, se mistura pela emoção de sua despedida. Mas Lula está conosco. Sei que a distância do cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade.”
Antes, no Congresso, a presidente afirmara que “a luta mais obstinada” de seu governo seria a erradicação da miséria no país. Segundo ela, sua eleição “dignificava cada mulher brasileira”.
Assim como em discurso proferido logo após tomar posse, no Congresso, Dilma elogiou o ex-vice-presidente José Alencar, que acompanhava a cerimônia do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde está internado.
“Que exemplo de coragem e amor à vida nos dá esse grande homem, e que parceria Zé Alencar e Lula fizeram pelo Brasil e pelo nosso povo.”
A presidente disse que cuidaria com “carinho dos mais frágeis e necessitados” e que governaria para todos os brasileiros.
“Minhas mãos vão estar abertas e estendidas para todos, desde nossos aliados de primeira hora até os que não nos acompanharam no processo eleitoral”.
‘Sem rancor’
Dilma se referiu também colegas dos tempos em que militou contra a ditadura e disse não carregar “nenhum ressentimento e nenhuma espécie de rancor” do período.
“Aos companheiros meus que tombaram no caminho, minha homenagem e eterna lembrança.”
Ao citar a meta de “continuar crescendo, gerando emprego para atuais e futuras gerações”, a presidente fez uma pausa para enxugar lágrimas.
“O povo brasileiro e o nosso país tem condições hoje de se transformar no maior e no melhor país pra se viver”, concluiu, ao fim do discurso.
Despedida de Lula
Uma multidão acompanhava o discurso do lado de fora do palácio. Muitas pessoas empunhavam bandeiras de vários Estados e municípios brasileiros, e outras vestiam camisetas do PT e de partidos aliados.
Após o pronunciamento, Dilma recebeu cumprimentos de autoridades estrangeiras, como a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), José Mujica (Uruguai) e Sebastián Piñera (Chile).
Em seguida, de braços dados com Lula, caminhou até a rampa do Palácio do Planalto, onde se despediu do antecessor.
Após a despedida, Lula causou grande agitação ao se dirigir ao público que assistia à cerimônia, onde permaneceu por vários minutos.
De lá, ele prosseguiu até a base aérea com sua mulher, Marisa Letícia, onde embarcaram em um avião para São Paulo.
Link - atual presidente da República - Dilma Rousseff


Link a Posse de Dilma Rousseff

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