terça-feira, 2 de setembro de 2008

Artista britânico esculpe Kate Moss em ouro

A modelo britânica Kate Moss ganhou em sua homenagem uma estátua de ouro maciço avaliada em 1,5 milhão de libras (R$ 4,4 milhões).
A escultura Siren, feita pelo artista britânico Marc Quinn, pesa cerca de 50 quilos, e será exibida no British Museum a partir de outubro como parte de uma mostra que reunirá trabalhos dos principais artistas da Grã-Bretanha.
Conhecido pela escultura que retratou a artista britânica Alison Lapper grávida, Quinn disse que seu objetivo era “fazer uma escultura da pessoa que mais encarna o ideal de beleza do momento”.
Segundo a curadoria da exposição, o trabalho do artista representa “a maior estátua de ouro já esculpida desde o Egito Antigo.”
Em 2006, o artista britânico já havia homenageado a modelo ao fazer uma escultura em que ela aparece sentada em uma posição de yoga.
Estima-se que a modelo tenha uma fortuna avaliada em 45 milhões de libras (R$ 133 milhões).

Bento 16 protesta contra escultura de rã crucificada

A escultura causou polêmica entre os católicos
O Papa Bento 16 protestou formalmente contra a exposição, num museu de Bolzano, no norte da Itália, de uma obra de arte que retrata uma rã verde crucificada como Jesus Cristo, informou nesta quarta-feira o governador do Tirol, Franz Pahlco.
A reclamação formal do pontífice foi feita em carta endereçada ao governador, com data de 7 de agosto – durante o período em que Bento 16 esteve de férias na região.

Na correspondência o líder dos católicos criticou a exposição da escultura Primeiro os Pés ("Zuerst die Füsse", em alemão), do artista alemão Martin Kippenbeger.
A peça tem um metro de altura e é feita de madeira pintada de verde. Ela retrata uma rã crucificada que, em uma das "mãos", segura um ovo e, na outra, uma jarra de cerveja.
“[A obra] feriu o sentimento religioso de muitas pessoas que vêem na cruz o símbolo do amor de Deus e da nossa salvação, que merece reconhecimento e devoção religiosa”, diz a carta.
‘Remoção’
Martin Kippenberger é considerado um dos nomes mais importantes da arte contemporânea européia dos anos 80 e 90 e chegou a ser comparado com Andy Warhol, um dos expoentes da "pop art". Morreu em 1997, aos 44 anos de idade, e sua carreira foi marcada por obras polêmicas.
Segundo o artista, a escultura da rã representa uma sociedade hipócrita, corrompida internamente enquanto que mantém uma imagem exterior irrepreensível.
Logo que foi exposta como parte da mostra Olhar periférico e corpo coletivo, no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Bolzano, em maio passado, recebeu criticas da comunidade católica, do bispo local e de grupos conservadores.
Desde então, as polêmicas em torno da “rã crucificada” não pararam, mas a direção do museu recusou o pedido de diversos grupos católicos e autoridades religiosas para que a obra fosse retirada da mostra.
A diretora, Corinne Diserens, que sempre defendeu a escultura, apenas mudou a obra de lugar - antes ela estava exposta na entrada do prédio, depois passou para o terceiro andar .
“Não é prevista a remoção (da obra), e nenhuma mudança na montagem da mostra até o dia de encerramento, em 21 de setembro”, disse Corinne Diserens aos jornais italianos.