domingo, 20 de abril de 2008

Anotações pessoais de Darwin são colocadas online

Página do caderno de anotações de Darwin
Página do caderno de anotações de Darwin mostrando a árvore da vida
A primeira versão do livro Teoria da Evolução, de Charles Darwin, pode ser lida online pela primeira vez a partir desta quinta-feira.

O texto está entre milhares de anotações pessoais do cientista que antes só estavam disponíveis a cientistas da Universidade de Cambridge e agora podem ser lidas no site darwin-online.org.uk.

A publicação das anotações pessoais de Darwin é a maior da história, com cerca de 20 mil itens e quase 90 mil imagens.

O material original é mantido pela biblioteca da Universidade de Cambridge, que decidiu disponibilizar o material online.

A coleção inclui, por exemplo, textos como observações do cientista sobre os pássaros de Galápagos e os primeiros registros das dúvidas de Darwin sobre a permanência das espécies.

No site, o usuário também pode ver fotos de Darwin e sua família, recortes de jornais, críticas dos livros do cientista e até mesmo um livro de receita de Emma Darwin.

Charles Darwin
A Teoria da Evolução influenciou muitas áreas da ciência

"Charles Darwin é um dos cientistas mais influentes da história. A coletânea de suas anotações online é extremamente importante e muito excitante", disse John van Wyhe, especialista da Universidade de Cambridge que idealizou o projeto.

O arquivo online é tão grande que, mesmo se o usuário conseguisse ver uma imagem por minuto, ainda levaria mais de dois meses para ver todo o material.

"Darwin mudou o nosso entendimento sobre a natureza para sempre. Suas anotações revelam como as suas pesquisas eram detalhadas. A divulgação dessas anotações online marca uma revolução no acesso do público - e, possivelmente, no apreço - a uma das mais importantes coletâneas de materiais originais na história da ciência", completou van Wyhe.

http://darwin-online.org.uk/

Artistas brasileiros grafitam galeria em Londres

As paredes da Galeria 32. Foto: Zeca Alkimim e João Guarantani
Os brasileiros grafitaram as paredes da galeria em Londres
Uma galeria em Londres transformou suas paredes em uma grande tela para os grafiteiros brasileiros Tinho, Pato e Flip criarem murais representando a arte urbana do Brasil.

A exposição Street Art Brazil (Arte Urbana do Brasil, em tradução livre) abre nesta terça-feira e reúne trabalhos exclusivos, desenvolvidos pelos artistas especialmente para a mostra, além de obras já conhecidas dos grafiteiros.

Apesar de se tratar da primeira exposição em Londres, Tinho, Pato e Flip – representantes do movimento do grafite em São Paulo – já haviam exposto suas obras na Grã-Bretanha.

No ano passado, os artistas foram convidados a pintar uma fachada em uma rua histórica no centro de Brighton, cidade litorânea ao sul de Londres. Os três também exibiram suas obras em uma galeria local de arte contemporânea.

Foto: Zeca Alkimim e João Guarantani
Pato prepara o mural para a mostra

Sucesso

A arte urbana brasileira ganhou destaque na Grã-Bretanha nos últimos anos.

Em 2005, o escritor e designer inglês Tristan Manco lançou o livro Graffiti Brasil, publicado pela editora Thames & Hudson. A publicação traz uma coleção de imagens do grafite brasileiro e uma história da manifestação artística no país.

"A inovação do grafite brasileiro é remanescente dos grandes dias do boom do grafite em Nova York e artistas do mundo inteiro estão olhando para o Brasil como fonte de inspiração", disse Manco.

Foto: Zeca Alkimim e João Guarantani
As obras serão expostas ao lado dos murais

O grafite brasileiro também chamou a atenção dos britânicos depois que uma marca de cerveja usou uma obra do artista Speto nos anúncios publicitários em outdoors e pôsteres ao redor de Londres.

Além disso, em 2007, vários grafiteiros brasileiros foram convidados a pintar um castelo histórico da Escócia. Os paulistanos Nina Pandolfo, Nunca e a dupla conhecida como Os Gêmeos, passaram um mês no castelo de Kelburn, em Ayrshire, para pintar a parede externa que contorna a construção.

A mostra Street Art Brazil, com obras de Tinho, Pato e Flip, fica em cartaz na Galeria 32, anexa a Embaixada do Brasil em Londres, até o dia 30 de abril.

Coletânea suíça mostra Brasil colonial

Uma exposição no museu etnológico de Zurique, na Suíça, traz uma coletânea de ilustrações do Brasil nos séculos 18 e 19 e mostra como o público europeu viu o país na época.

A exposição Expedição Brasil mostra como as ilustrações de fundo etnológico mudaram através dos tempos e também como elas foram apresentadas ao público europeu.

Segundo o museu, vários desenhos originais foram modificados para atender a demanda de um público ávido por ver cenas exóticas.

A visão européia do Brasil na época foi influenciada por reproduções de desenhos que acentuavam o lado tropical e selvagem do país.

Em Zurique estão expostos desde livros, aquarelas e gravuras até fotos primitivas, pinturas murais e fotografias tridimensionais.

A coletânea reúne obras dos acervos de vários museus europeus, entre eles de Lisboa, Paris, Stuttgart, Berlim e Berna.

Entre as obras expostas estão desenhos do conhecido ilustrador Jean Debret e fotos históricas de índios no Paraná e no Amazonas.

A mostra Expedição Brasil fica exposta no museu etnológico de Zurique até o próximo dia 27 de janeiro.