domingo, 2 de janeiro de 2011

Dilma diz que combate à pobreza será luta 'mais obstinada' de seu governo


Em seu primeiro discurso como presidente do Brasil, a petista Dilma Rousseff afirmou que “a luta mais obstinada” de seu governo será a erradicação da miséria no país.
O pronunciamento foi feito no Congresso Nacional no início da tarde deste sábado, logo após Dilma ter sido empossada como a primeira mulher presidente do Brasil.
“A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos. Uma expressiva melhora ocorreu nos dois mandatos do presidente Lula, mas ainda existe a pobreza a envergonhar e a impedir a nossa afirmação plena como povo desenvolvido”, disse Dilma.
Antes, em cerimônia no Congresso Nacional, Dilma e seu vice, Michel Temer, prestaram juramento à Constituição e foram declarados empossados pelo presidente do Senado, José Sarney.
Além de Dilma, Temer e Sarney, compunham a mesa o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cesar Peluzo, e outros congressistas.
Mulher

Primeira mulher presidente, Dilma afirmou que a sua eleição “dignificava cada mulher brasileira”.
“(A eleição) vem abrir portas para que muitas mulheres possam ser presidentas, e para que, no dia de hoje, todas as mulheres brasileiras sintam orgulho de ser mulher”, disse Dilma.
No discurso, a petista também elogiou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Sob sua liderança, o povo brasileiro fez travessia para outra margem de nossa história. Minha missão é consolidar essa passagem”.
Segundo a presidente, o governo Lula, no qual atuou como ministra desde 2003, reduziu “uma histórica dívida social, resgatando milhões de brasileiros da tragédia da miséria e ajudando milhares a alcançar a classe média”.
“Mas num país com a complexidade do nosso é preciso querer mais, inovar mais, buscar novos caminhos”, disse:
Liberdade e estabilidade

A presidente também disse ter um compromisso “inegociável com a garantia plena das liberdades individuais, da liberdade de culto e de religião, da liberdade de imprensa e de opinião”.
“Reafirmo que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos.”
Dilma disse ainda que a redução das desigualdades de renda e regionais ocorreria por meio do crescimento econômico e prometeu manter a estabilidade econômica e combater a inflação.
“Isso significa, reitero, manter a estabilidade econômica como valor absoluto. Já faz parte de nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador. Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que esta praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres.”
Antes do discurso da presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que ela “sabe perfeitamente o que fazer em termos de política econômica”.
“Nós sempre conversamos bastante, estamos muito afinados”, afirmou.
O novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ressaltou a “base governista bastante sólida” do governo no Congresso.
“Não posso imaginar que não teremos momentos de grande discussão com o Congresso, (...) mas imagino que teremos mais tranquilidade”.

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