segunda-feira, 1 de junho de 2009

GM diz ter US$ 173 bi em dívida

NOVA YORK - A montadora norte-americana General Motors (GM) entrou com pedido de concordata . No registro perante o Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, a montadora informou ativos totais de US$ 82,3 bilhões em base consolidada, com dívida total de US$ 172,8 bilhões.
A lista de credores da GM inclui diversos detentores de bônus, fornecedores de peças e funcionários sindicalizados, mas outras indústrias também foram atingidas, segundo o registro de concordata. A montadora devia ao menos US$ 167 milhões a empresas de marketing e propaganda no fim do mês passado, principalmente para a Starcom MediaVest (US$ 121,5 milhões), o sexto maior credor não assegurado da GM. A dívida com empresas de aluguel de veículos supera US$ 53 milhões, com US$ 33,1 milhões para a Enterprise. A GM deve para siderúrgicas ao menos US$ 34,9 milhões e, para a Hewlett-Packard (HP), US$ 17 milhões. A dívida com a AT&T é de quase US$ 11 milhões.
O pedido de concordata da GM segue o fracasso da montadora em atender a exigência do presidente dos EUA, Barack Obama, de apresentar até hoje um novo plano que a fizesse retornar à lucratividade. O pedido abre o caminho para o governo assumir uma fatia majoritária de cerca de 60% na montadora, durante o que se espera ser um processo de concordata de 60 a 90 dias. O governo dos EUA também oferecerá US$ 30 bilhões em financiamento durante concordata para permitir que a empresa continue operando à medida que reestrutura a dívida de US$ 27 bilhões e compromissos com pensão.
A GM não conseguiu sobreviver ao peso da recessão global. A montadora vinha queimando US$ 2 bilhões em caixa por mês, uma situação agravada pela relutância dos consumidores em adquirir veículos. A empresa perdeu US$ 6 bilhões nos primeiros três meses de 2009, estendendo o prejuízo que totalizou US$ 30,9 bilhões em 2008 e quase US$ 39 bilhões em 2007.

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