terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mais de 25 mil estão desalojados ou desabrigados no Região Serrana do Rio

Mais de 25 mil moradores da região serrana do Rio estão fora de suas residências por conta dos temporais que causaram enchentes e deslizamentos de terra e provocaram a morte de 814 pessoas.
Segundo relatório da Defesa civil Estadual, o número de desabrigados nas cidades da Região Serrana atingidas pela chuva é de 12.293, enquanto que o total de desalojados chega a 12.821.
Os dados são referentes às seguintes cidades:
Teresópolis: 6.210 desalojados e 5.058 desabrigados
Petrópolis (incluindo Itaipava): 3.662 desalojados e 318 desabrigados
São José do Vale do Rio Preto: 2.064 desabrigados
Nova Friburgo: 2.184 desabrigados
Bom Jardim: 1.186 desalojados e 632 desabrigados
Areal: 1.031 desalojados e 1.469 desabrigados
Sumidouro: 290 desalojados e 109 desabrigados
Santa Maria Madalena: 284 desalojados e 44 desabrigados
Sapucaia: 30 desalojados e 140 desabrigados
Paraíba do Sul: 77 desabrigados
São Sebastião do Alto: 32 desalojados e 68 desabrigados
Três Rios: 20 desalojados e 45 desabrigados
Cordeiro: 49 desabrigadosCarmo: 40 desalojados e 12 desabrigados
Macuco: 28 desalojados e 24 desabrigados
Cantagalo: 8 desalojados

domingo, 23 de janeiro de 2011

Região Serrana do Rio já chega a 799

RIO - Balanço parcial divulgado às 20 horas deste sábado, 22, pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informa que a tragédia das chuvas na região serrana matou pelo menos 799 pessoas. Foram 387 em Nova Friburgo, 324 em Teresópolis, 66 em Petrópolis e 22 em Sumidouro. Três casos de leptospirose também foram confirmados nas cidades afetadas.
O número de desalojados - pessoas que podem contar com a ajuda de parentes e amigos - chegou a 3.600 em Petrópolis, 3.220 em Nova Friburgo e 960 em Teresópolis. Há 2.800 desabrigados - as que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos - em Petrópolis, 1.970 em Nova Friburgo e 1.280 em Teresópolis.
O Ministério Público do Estado também atualizou no fim da noite a lista com os registros de desaparecidos na região, que agora soma 417. Estão desaparecidas 177 pessoas em Teresópolis, 143 em Nova Friburgo, 48 em Petrópolis, 42 em locais não informados, quatro em Sumidoro, uma em Bom Jardim, uma em Cordeiro e uma em São José do Vale do Rio Preto.
As informações registradas por parentes e amigos são checadas com dados de hospitais e do Instituto Médico Legal (IML). A lista nominal pode ser consultada no site do MP do Rio.
Doença. Três casos de leptospirose foram confirmados nos municípios atingidos pela chuva na Região Serrana. Exames indicaram que dois pacientes de Nova Friburgo e um de Teresópolis estão com a doença, conforme a Secretaria de Saúde do Estado.
Pela manhã, o Ministério da Saúde havia descartado outras quatro suspeitas de leptospirose na região e determinado a ampliação de campanhas de prevenção e tratamento de doenças comuns em áreas afetadas por enchentes.
Durante visita a Nova Friburgo, o ministro Alexandre Padilha anunciou que a fase de atendimento emergencial está quase superada e que as autoridades da área médica deverão concentrar esforços no tratamento de infecções, doenças de pele e problemas respiratórios.
Com esse número de vítimas, esse passou a ser a maior desastre natural do Brasil. A tragédia superou em número de vítimas uma enchente no Rio que matou 785 pessoas em 1967, até então considerado o maior desastre natural do País. Também naquele ano, 436 pessoas morreram em um deslizamento em Caraguatatuba.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Região serrana do Rio registra 787 mortes

Rio de Janeiro - O número de mortes nos municípios da serra fluminense por causa das fortes chuvas que atingiram a região há mais de dez dias já chega a 787, segundo balanço da Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil (Sedesc).
De acordo com os dados, até o início da tarde de hoje (22) foram registradas 383 mortes em Friburgo e Bom Jardim, 316 em Teresópolis, 66 em Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto e 22 em Sumidouro.
Além disso, as autoridades contabilizam cerca de 15 mil desabrigados e desalojados em Nova Friburgo, Teresópolis e Friburgo.
Até a manhã de hoje (22) 430 pessoas estavam desaparecidas na região, segundo o Ministério Público do estado do Rio.
Link - Globo-Vídeo - Região Serrana

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Região Serrana do Rio já chega a 730

O número de vítimas na Região Serrana do Rio já chega a 730 em seis cidades. Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 345 mortos em Nova Friburgo, 294 em Teresópolis, 62 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.
De acordo com a assessoria de Sumidouro, no entanto, oficialmente a prefeitura informa 21 mortos, já que não considera a morte de um doente por falta de socorro consequência da enxurrada que atingiu a cidade.
A prefeitura de São José do Vale do Rio Preto explica que 6 corpos foram encontrados na cidade, mas não há confirmação que eles sejam moradores do município. De acordo com a prefeitura, eles podem ser de moradores de outras cidades e chegaram até lá pela correnteza do Rio Preto.
Já a Polícia Civil informa que, até as 11h45 desta quarta-feira, 717 corpos já foram resgatados e identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 292 em Teresópolis, 338 em Nova Friburgo, 63 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.
A quarta-feira começou sem chuva nas cidades mais atingidas pela combinação recente de enchente e deslizamento, como Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. Na terça-feira, a chuva que alagou as ruas do Centro de Petrópolis assustou os moradores. A Defesa Civil de Petrópolis informou que registrou três pequenos deslizamentos de terra ocorridos no Centro e nos bairros Bingen e Vila Militar, fora da área de Itaipava. Mas não há registro de novos problemas na região.

Nova Friburgo
A prefeitura de Nova Friburgo calcula que haja na cidade, 1.970 desabrigados e 3.220 desalojados. Segundo a secretaria de Comunicação da cidade, o número é incerto porque ainda há muitas vítimas em casa de parentes e vizinhos, que não foram contabilizadas. Não há mais bairros isolados na cidade, mas as marcas da chuva continuam visíveis até no ponto mais famoso da cidade, a Praça do Suspiro.
A prefeitura de Nova Friburgo divulgou, na terça, através de seu blog, a lista com os números e os endereços de todos os orelhões da cidade que estão funcionando de graça. O objetivo é facilitar a comunicação de moradores com parentes e amigos.

Teresópolis
Em Teresópolis, segundo a prefeitura, grande parte do 3º Distrito, como é chamada a Zona Rural, ainda tem dificuldade de acesso por terra. A área representa 66% do município.
A cidade já soma 4.530 desalojados e 3.679 desabrigados das chuvas.

Bom Jardim
Em Bom Jardim, segundo a prefeitura, foi encontrado o primeiro corpo na cidade nesta terça, oficialmente, encontrado no distrito de São José do Ribeirão. Quatro pontes caíram na cidade que, por causa disso, está dividida em quatro regiões. Há muitas áreas em que a ajuda só chega de helicóptero. Entre elas: Banquete, São José do Ribeirão, São Miguel, Bem te vi, Bom Destino e Jardim Boa Esperança.
Toda a frota da prefeitura foi destruída pelas águas, o que dificulta o acesso das equipes de resgate e serviço na cidade e 1.200 pessoas estão desalojadas e 700 estão desabrigadas.

São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro
Em São José do Vale do Rio Preto, segundo a prefeitura, foram encontrados seis corpos que foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Petrópolis. Não há registro de desaparecidos. As chuvas deixaram 2.064 desabrigados e desalojados. Na cidade, as localidades conhecidas como Poço Fundo, Parada Morelli e Areias seguem ilhadas.
Em Sumidouro, por causa da dificuldade de comunicação, o órgão ainda contabiliza o número de desabrigados e desalojados. Há ainda sete localidades com acesso restrito: Santo André, São Bento, Cascata, Itororó, Fazenda Boa Vista, Fazenda Santa Cruz e Pilões.

Areal
Em Areal não houve mortos, segundo a prefeitura. Mas a chuva causou estragos, destruindo 50 casas e interditando várias pontes que fazem ligações entre os bairros do município.
Apenas o bairro Amazonas está numa área onde o acesso é muito difícil, mas mesmo assim, a ajuda está chegando aos moradores. A prefeitura calcula que 1.200 pessoas estão desabrigadas e 2.500 desalojadas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tragédia das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro; Dilma vai sobrevoar áreas.

RIO - Já passa de 250 o número de mortos por causa das chuvas e deslizamentos de terra na Região Serrana do Rio. Em Friburgo, já foram contabilizadas 107 vítimas fatais. Em Teresópolis, houve até o momento  130 mortes. Petrópolis tem 18 mortos, mas a prefeitura informa que número pode chegar a 40. De acordo a meteorologia, até a noite de quinta-feira há a possibilidade de pancadas de chuva entre moderada e fortes principalmente em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Cidades na Região Serrana do Rio e toda a região litorânea, além da divisa com Minas Gerais e do Médio Paraíba devem manter o alerta de chuva. O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, decretou estado de calamidade pública no município. Em Friburgo, quatro bombeiros que faziam uma operação de resgate morreram. O grupo estava em uma viatura que se deslocava para prestar socorro a vítimas da chuva quando foi soterrada por um barranco que desabou. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há comunicação com o batalhão de Nova Friburgo, já que todo o município está sem energia. Na tarde de terça-feira, um homem de 64 anos e a uma criança de 7 anos morreram após o desabamento de um imóvel na rua São Roque, no bairro de Olaria. Um bebê foi resgatado com vida dos escombros, além de um menino de 10 anos. Uma sétima vítima, segundo os bombeiros, teria morrido no bairro Vila Amélia. Mais de dez famílias ficaram desabrigadas ou desalojadas. O coordenador da Defesa Civil de Friburgo, coronel Roberto Robadey, disse que o município registrou pelo menos 30 deslizamentos de terra nas últimas horas. Segundo ele, o volume de chuvas chegou a 260 mm em 24 horas, enquanto em todo o mês de janeiro o volume foi de 180 mm. Presidente Dilma - A presidente da República Dilma Rousseff assinou na noite desta quarta-feira (12) uma medida provisória que destina R$ 780 milhões para os ministérios enviarem auxílio às regiões afetadas pela chuva dos últimos dias. A assessoria do Palácio do Planalto confirmou mais cedo que Dilma viaja nesta quinta-feira (13) ao Rio de Janeiro. Ela parte da base área de Brasília às 10h e irá sobrevoar as regiões afetadas pela chuva.
Também os Estados da região sul afetados pela estiagem devem receber o auxílio. Deste montante, segundo a assessoria do Palácio do Planalto, R$ 700 milhões serão reservados para Defesa Civil e o ministério da Integração Nacional e os demais R$ 80 milhões para o ministério dos Transportes, Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), para recuperação de estradas e pontes.
Além da presidente, já estiveram no local, nesta quarta-feira (12), os ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais).
A presidente ligou hoje para os governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), garantindo a ajuda federal aos Estados.

 

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Planalto embala 1,4 milhão de presentes recebidos por Lula

Nos oito anos de seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu aproximadamente 1,4 milhão de presentes e cartas. Ainda que Lula tenha deixado o poder há dez dias, encomendas destinadas à ele ainda chegam ao Palácio do Planalto.
O transporte dos presentes para o novo lar do ex-presidente começou a ser organizado agora. Até a próxima quarta-feira (12), o Departamento de Documentação Histórica do Palácio do Planalto, responsável pela mudança, pretende despachar 11 caminhões com os pertences de Lula. O custo do transporte é de R$ 19,4 mil e a empresa responsável foi contratada por meio de licitação paga pelos cofres públicos.
Os presentes e as cartas que ainda chegam ao Planalto são cuidadosamente embalados por assessores e serão incluídos na mudança. Inicialmente, os presentes ficarão armazenados em um depósito e depois serão expostos no instituto que Lula pretende criar. A paixão dele por futebol virou motivo de vários presentes, como camisetas de times e seleções, além de bolas e bonés.
Entre os presentes recebidos pelo ex-presidente, há de tudo um pouco – de peças de artesanato regional a quadros, cuias de chimarrão, camisetas, bonés, livros, fotos e cartas. Presentes de admiradores e de chefes de Estado e de governo se misturam. Há, inclusive, uma espada de ouro com rubis enviada pelo rei da Arábia Saudita, Abdullah Bin Abdulaziz Al-Saud.
Pela Lei 8.394, de dezembro de 1991, os acervos documentais privados do presidente da República são de propriedade do próprio chefe de Estado, inclusive para fins de herança, doação e venda. No caso de venda, a União tem a preferência.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dilma diz que combate à pobreza será luta 'mais obstinada' de seu governo


Em seu primeiro discurso como presidente do Brasil, a petista Dilma Rousseff afirmou que “a luta mais obstinada” de seu governo será a erradicação da miséria no país.
O pronunciamento foi feito no Congresso Nacional no início da tarde deste sábado, logo após Dilma ter sido empossada como a primeira mulher presidente do Brasil.
“A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos. Uma expressiva melhora ocorreu nos dois mandatos do presidente Lula, mas ainda existe a pobreza a envergonhar e a impedir a nossa afirmação plena como povo desenvolvido”, disse Dilma.
Antes, em cerimônia no Congresso Nacional, Dilma e seu vice, Michel Temer, prestaram juramento à Constituição e foram declarados empossados pelo presidente do Senado, José Sarney.
Além de Dilma, Temer e Sarney, compunham a mesa o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cesar Peluzo, e outros congressistas.
Mulher

Primeira mulher presidente, Dilma afirmou que a sua eleição “dignificava cada mulher brasileira”.
“(A eleição) vem abrir portas para que muitas mulheres possam ser presidentas, e para que, no dia de hoje, todas as mulheres brasileiras sintam orgulho de ser mulher”, disse Dilma.
No discurso, a petista também elogiou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Sob sua liderança, o povo brasileiro fez travessia para outra margem de nossa história. Minha missão é consolidar essa passagem”.
Segundo a presidente, o governo Lula, no qual atuou como ministra desde 2003, reduziu “uma histórica dívida social, resgatando milhões de brasileiros da tragédia da miséria e ajudando milhares a alcançar a classe média”.
“Mas num país com a complexidade do nosso é preciso querer mais, inovar mais, buscar novos caminhos”, disse:
Liberdade e estabilidade

A presidente também disse ter um compromisso “inegociável com a garantia plena das liberdades individuais, da liberdade de culto e de religião, da liberdade de imprensa e de opinião”.
“Reafirmo que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos.”
Dilma disse ainda que a redução das desigualdades de renda e regionais ocorreria por meio do crescimento econômico e prometeu manter a estabilidade econômica e combater a inflação.
“Isso significa, reitero, manter a estabilidade econômica como valor absoluto. Já faz parte de nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador. Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que esta praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres.”
Antes do discurso da presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que ela “sabe perfeitamente o que fazer em termos de política econômica”.
“Nós sempre conversamos bastante, estamos muito afinados”, afirmou.
O novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ressaltou a “base governista bastante sólida” do governo no Congresso.
“Não posso imaginar que não teremos momentos de grande discussão com o Congresso, (...) mas imagino que teremos mais tranquilidade”.

Link - a nova Presidenta do Brasil Dilma Rousseff

Link - a Posse de Dilma Rousseff

Posse de Dilma e a Repercussão Internacional


A cerimônia de posse de Dilma Rousseff ainda não havia nem sido concluída e grandes veículos de comunicação internacionais já repercutiam o fato de o Brasil ter uma nova governante, neste sábado.
O site da emissora americana CNN disse que a primeira mulher presidente do Brasil assumiu o cargo em meio a aplausos e lágrimas de seus simpatizantes, “muitos dos quais seguiram sua ascensão de defensora da liberdade brutalmente perseguida nos anos 60 a líder de seu País”. Além disso, o veículo afirmou que Dilma discursou que sentia o peso histórico de sua gestão, que chega quase 41 anos depois de ter sido presa e torturada durante a ditadura.
Enquanto isso, a versão online do jornal Wall Street Journal afirmou que Dilma tem um currículo extenso, que inclui “guerrilheira de esquerda, prisioneira política e sobrevivente de câncer”, apesar de ter sido a primeira vez que concorreu em uma eleição. O veículo disse ainda que a nova presidente tem muitos desafios pela frente, incluindo a valorização recente do real diante do dólar, o que prejudica as exportações e torna os produtos importados mais competitivos.
Já o jornal argentino El Clarín disse que Dilma foi peça fundamental do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e se tornou a primeira mulher presidente no País, ao receber a faixa presidencial de seu antecessor, que “sai de cena com uma popularidades sem precedentes”.
Na Europa, o periódico francês Le Monde afirmou que a petista foi “escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo” e que conquistou os brasileiros com promesas de continuidade política, diplomática, econômica e social.
O espanhol El País, por sua vez, disse que havia muita especulação entre o público presente sobre como a posse se desenrolaria e que Dilma não se esqueceu de falar sobre os menos favorecidos. “A ex-guerrilheira, que fez alusão a sua biografia, não se esqueceu dos ‘menos favorecidos’, nos quais se centrará boa parte de sua ação de governo, nem de seu antecessor e mentor político, o popular Luiz Inácio Lula da Silva, cuja apenas a menção arrancou aplausos enérgicos na Câmara”, afirmou.
Na Bulgária, a agência Novinite destacou, mais uma vez, que Dilma é filha de imigrante búlgaro, afirmando que a “chuva torrencial” em Brasília não conseguiu abalar a cerimônia de posse, enquanto “milhares de pessoas” se exaltaram com a chegada da presidente eleita.


Dilma agradece Lula e diz que governará com 'espírito de união'

Após receber a faixa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff agradeceu seu antecessor e disse que assume o governo com “espírito de união”.
“Trabalharei para que estejamos unidos pelas mudanças necessárias na educação, na saúde e segurança e, sobretudo, na luta para acabar com a pobreza e miséria”, disse a presidente.
O discurso foi proferido pouco após Dilma ter sido empossada, no Congresso Nacional, como a primeira mulher presidente do Brasil.
Dilma afirmou que suceder Lula era um desafio e que, para honrar seu legado, teria de consolidar e ampliar os avanços sociais conquistados nos últimos anos.
Ela se disse “muito emocionada pelo encerramento do mandato do maior líder popular que o país já teve”.
“A alegria que sinto pela posse, como presidenta, se mistura pela emoção de sua despedida. Mas Lula está conosco. Sei que a distância do cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade.”
Antes, no Congresso, a presidente afirmara que “a luta mais obstinada” de seu governo seria a erradicação da miséria no país. Segundo ela, sua eleição “dignificava cada mulher brasileira”.
Assim como em discurso proferido logo após tomar posse, no Congresso, Dilma elogiou o ex-vice-presidente José Alencar, que acompanhava a cerimônia do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde está internado.
“Que exemplo de coragem e amor à vida nos dá esse grande homem, e que parceria Zé Alencar e Lula fizeram pelo Brasil e pelo nosso povo.”
A presidente disse que cuidaria com “carinho dos mais frágeis e necessitados” e que governaria para todos os brasileiros.
“Minhas mãos vão estar abertas e estendidas para todos, desde nossos aliados de primeira hora até os que não nos acompanharam no processo eleitoral”.
‘Sem rancor’
Dilma se referiu também colegas dos tempos em que militou contra a ditadura e disse não carregar “nenhum ressentimento e nenhuma espécie de rancor” do período.
“Aos companheiros meus que tombaram no caminho, minha homenagem e eterna lembrança.”
Ao citar a meta de “continuar crescendo, gerando emprego para atuais e futuras gerações”, a presidente fez uma pausa para enxugar lágrimas.
“O povo brasileiro e o nosso país tem condições hoje de se transformar no maior e no melhor país pra se viver”, concluiu, ao fim do discurso.
Despedida de Lula
Uma multidão acompanhava o discurso do lado de fora do palácio. Muitas pessoas empunhavam bandeiras de vários Estados e municípios brasileiros, e outras vestiam camisetas do PT e de partidos aliados.
Após o pronunciamento, Dilma recebeu cumprimentos de autoridades estrangeiras, como a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), José Mujica (Uruguai) e Sebastián Piñera (Chile).
Em seguida, de braços dados com Lula, caminhou até a rampa do Palácio do Planalto, onde se despediu do antecessor.
Após a despedida, Lula causou grande agitação ao se dirigir ao público que assistia à cerimônia, onde permaneceu por vários minutos.
De lá, ele prosseguiu até a base aérea com sua mulher, Marisa Letícia, onde embarcaram em um avião para São Paulo.
Link - atual presidente da República - Dilma Rousseff


Link a Posse de Dilma Rousseff